Os novos quilombos

A postura estrutural do capitalismo contrária às diferenças tem forjado no estado democrático brasileiro, notadamente a partir de 1988, um esforço para proteger e apoiar o movimento histórico dos negros quilombolos pela afirmação étnica, mas, contraditoriamente, pouco concretizou no processo de legalização da propriedade de seus territórios. O avanço-retrocesso da política pública nacional revela a fragilidade da ação estatal, pois, sem terra quilombo, não existe quilombolas.
Enfretar o desconhecimento da realidade cotidiana destas comunidades é talvez um desafio para a superação das desigualdades raciais. Neste livro Adelmir Fiabani desvela a trajetória das comunidades rurais negras e seus esforços, pautados na ancestralidades, na construção de referências, de territórios, de identidades; e apresenta, analisa e desnuda a política pública afirmativa vinculada a processos políticos.